quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

AMOR LIVRE - PARTE I



Primeiramente não sou adepto da monogamia, já começo por aí, sou do poliamor, onde todo mundo se ama, todo mundo se pega e é feliz, para eu entrar numa relação monogâmica eu tenho que ter a certeza de que é aquilo que a pessoa quer e eu também. Se não, nem começo nada. Pois não há problema algum viver com uma pessoa o resto da minha vida ou enquanto durar.

A questão é que as pessoas tomam a monogamia como uma máxima absoluta e se não for assim não é amor de verdade. O que não é real, é uma invenção, algum dia em algum lugar alguém disse que só se ama alguém se estiver numa relação monogâmica, mas eu posso amar uma, duas, três, vinte pessoas, umas serão mais intensas que outras, umas vão ser só amores de 1 semana, 1 dia. O conceito de amor é tão relativo e as pessoas se fixam em uma coisa só.

Existe vários tipos de poliamor, e costumo dizer que "o meu tipo" é: eu estou com alguém, e eu e esse alguém damos nossas escapadas, casos sem compromissos, exploramos nossas vontades.

Eu posso me esbarrar com Pedro na rua, e Pedro é maravilhoso, tem um beijo incrível, é lindo, fofo e eu vou dividir momentos com ele por uma noite, ou uma semana, um mês... E meu parceiro vai numa balada e encontra João, que tem olhos lindos, é bonito, engraçado e meu parceiro vai passar momentos bons com João também. 

Eu e meu parceiro vamos estar juntos apesar de termos nossos casos por fora, porque a gente se gosta e só estamos experimentando coisas novas, sendo sinceros com nós mesmos e com o outro.    

São 7 bilhões de pessoas no mundo é impossível você não se sentir atraído por mais de uma pessoa. É como comida, a gente come todo dia arroz, feijão e carne, mas as vezes queremos comer algo novo; uma lasanha, uma pizza, um estrogonofe, mas nem por isso a gente vai deixar de comer arroz e feijão.

Quando eu falo isso para as pessoas, elas sempre falam sobre se sentir inseguras para deixar o outro livre assim, pois há a possibilidade de serem substituídas. Eu fico: "?????????".

Gente, eu sou a pessoa mais insegura que existe, mas não preciso de uma coleira (anel) no dedo, um rótulo ou alguém me falando todo dia que me ama para me sentir seguro, porque no fim posso acabar sendo trocado por outro, já que isso não é um pacto de sangue que não pode ser rompido. Ele pode me trocar estando num relacionamento monogâmico ou num poliamor, e eu vou fazer o quê se isso acontecer?

Isso mesmo, nada.

Eu dei o meu melhor, eu fiz o possível, mas não foi o suficiente para ele, infelizmente. Esse medo da perda é muito perigoso. Por isso eu acho que sinceridade consigo mesmo e com o outro vem muito antes de fidelidade e essas coisas.

Seria uma troca de experiências sabe, tipo: fiquei com um cara ontem e aconteceu isso e isso, sem essa frescura de: nossa como você tem coragem de falar comigo sobre quem você beijou ou trepou? Seria um diálogo normal, natural e comum com a outra pessoa, e acabou, sem sentimento de posse ou cobrança.

Eu agradeço a mim mesmo por desconstruir esse pensamento fechado que as pessoas têm sobre amor e relacionamentos. Não existe um único tipo de relação, existe várias e a gente vive de acordo com nossas vontades.                       

Não faz muito tempo que comecei a ter esse tipo de pensamento, no meu penúltimo relacionamento há 2 anos descobri que meu namorado estava ficando comigo e com o resto do Brasil, a gente brigou, fiquei puto e terminamos, mas a partir daí eu comecei a refletir sobre o que eu estava fazendo comigo mesmo e com ele, eu tinha vontade de ficar com outros caras, mas boicotava essa vontade por que estava com ele, e queria boicotar a dele também por que a gente estava junto e tinha um compromisso. 

Mas no fim acabou sendo que a gente não estava sendo sinceros em nosso namoro. Daí comecei a expandir meu pensamento, no início meus amigos me chamavam de depravado, que eu não tinha sentimentos, que meu ascendente em aquário me tornava a Frozen do coração de gelo. Mas não é verdade. Eu só não queria sofrer em vão, e obrigar outra pessoa a sofrer comigo.

Aliás, o que eu mais gosto na ideia de amor livre é o respeito pela liberdade do outro. Cada um sabe o que é melhor para si, então encontre alguém que concorde com esse pensamento e sejam felizes.

Há muitas questões para ser abordadas quando dizemos que vivemos em uma relação aberta ou de poliamor, ela tem várias vertentes que devem ser entendidas.

Então mais textos virão sobre minhas experiências quanto aos meus casos de poliamor ou casos que meus amigos compartilham comigo. Espero que entendam: Amar é crescer juntos.


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